Primo Moduli - Capitulo 15

(continuação daqui)

Depois de uma quase longa viagem, Jorge parou o carro. Não tinha seguido para o hotel. Estavam no meio de nenhures, não se avistavam casas ou edifícios de qualquer género.

Isabel sentia-se tremer por dentro como se estivesse prestes a cometer uma loucura. E que pensamento ridículo esse. Estava com o seu marido afinal de contas. Ou estaria na verdade com alguém que não conhecia de todo?

Jorge mantinha as mãos no volante e olhava para o vazio da escuridão enquanto respirava profunda e pausadamente.
- Jorge… - chamou-o num murmúrio
Ele voltou a cabeça lentamente em direcção a si. Na escuridão quase não lhe conseguia perceber a expressão, mas sentia a intensidade do seu olhar.

Sem dizer nada abriu a porta do carro e saiu.
Isabel hesitou. Teria Jorge mudado de ideias? Teria ela julgado perceber nele sentimentos que existiam apenas nas suas divagações?

Abriu a porta e saiu disposta a confrontá-lo. Não, não iria confrontá-lo. Iria lutar com todas as armas que tinha para o reconquistar. Afinal, se ele estava ali com ela depois de tudo o que se passara certamente ainda havia esperança. Por mais ínfima que fosse.
Deu a volta ao carro e aproximou-se dele, mas antes que pudesse dizer fosse o que fosse, Jorge agarrou-lhe o braço e puxou-a para si.

Pela primeira vez Isabel sentiu paixão num beijo de Jorge e isso apenas fez com que sentisse o desejo incendiar o seu corpo. Respondeu-lhe na mesma medida. Sem amarras, sem obrigações, sem preocupações com o que quer que fosse a não ser eles dois.
O beijo dele intensificou-se e sentia-lhe as mãos deslizarem pelo seu corpo como se fosse a primeira vez que a tocava… sentia-se tal como a música de Madona… ‘touched for the very first time’.
Sem se aperceber soltou uma risadinha. Jorge parou os beijos e olhou-a de forma intrigada. Mas não lhe perguntou nada. Limitou-se a partilhar do riso dela enquanto lhe mordiscava os lábios, o pescoço, os ombros…

Isabel gemia de prazer ante uma descoberta completamente estranha mas bem vinda e, à medida que os seus gemidos aumentavam, a intensidade dos beijos e toques de Jorge também.
Apercebia-se agora que nunca se tinha realmente entregado a ele. Apercebia-se que ele nunca tinha realmente querido levá-la ao êxtase.
Mas queria fazê-lo agora, ambos queriam, e isso fazia-a sentir uma excitação para lá de mensurável.

Ele deslizou uma das mãos por dentro das coxas dela ao mesmo tempo que, com a outra, lhe acariciava um seio e lhe mordiscava a orelha.
E a vergonha, essa, abandonou-se no preciso instante que o corpo lhe pedia mais… mais perto… mais forte… mais dele…

- Jorge, não aguento mais… - disse-lhe ofegante
E ele cedeu aos desejos dela, levando-a num clímax de sensações que Isabel julgou estilhaçar-lhe todo o seu ser.
Lentamente recuperou um pouco do fôlego. Abriu os olhos e viu Jorge com uma expressão de puro desejo no olhar.

- Ainda agora começámos – disse-lhe…

(Continua... Aqui)


(Uma parceria by Louise & Ulisses)

*Pic by deviantart

2 Diabruras:

Anónimo disse...

:)

Petit Joe disse...

Excepcional...

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Agradeço desde já tudo* aquilo que o diabo dentro de ti possa ter para dizer...

*excepto tudo aquilo que o diabo dentro de mim não concordar

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