Decisões

Há várias alturas na nossa vida em que temos de tomar decisões criticas: o que queremos fazer quando formos grandes, se queremos mesmo casar com aquela pessoa, se vamos ou não manter aquele amigo na nossa vida ou se cortamos a relação com ele, comprar ou arrendar casa, ficar pelas origens ou emigrar.


Mas julgo que a decisão mais importante que poderemos ter na nossa vida é se vamos ou não ter filhos. Todas as outras decisões podem, de forma mais ou menos fácil, ser revertidas ou alteradas. Mas a decisão de termos um filho não. Nunca e jamais. A partir do momento em que decidimos conceber uma vida, essa ficará para todo o sempre ligada a nós – de uma forma ou de outra.

E esta decisão tem, obrigatoriamente, de ser muito bem pensada e analisada. Porque ter um filho muda tudo. Mais do que tudo o resto, muda o centro do nosso universo. E é aqui que reside o grande busílis da questão. Deixamos de nos poder centrar apenas em nós, nas nossas próprias necessidades, nas nossas vontades e desejos, porque agora existe alguém que precisa que o façamos por ele.
É, por isso, importantíssimo que, quando decidimos ter um filho, saibamos que iremos abdicar dessa exclusividade de egocentrismo.
E obviamente que, ter um bebé, não significa esquecer tudo o resto à nossa volta. Não significa, e nem pode significar, que deixamos de ser mulheres/homens com necessidades e vontades, que não possamos fazer o que gostamos, que não continuemos a ter uma relação com romance, que não tenhamos momentos ocasionais sem os filhos.
Mas tudo isso deixa de ser feito numa base puramente egoísta, para uma base muito mais ponderada e calculada. Fundamentalmente, mudam as prioridades.

E é essa consciência que é peremptório ter. E porquê? Para que a maternidade/paternidade sejam saboreados em toda a sua plenitude. Sem remorsos, culpas ou grilhões.

Porque a partir do momento em que deixamos de ser egoístas, toda a vida parece fazer muito mais sentido.

13 Diabruras:

Silent Man disse...

Decidiram ter um rebento? Será que é isso que sub-entendo destas tão sábias palavras?

Se for esse o caso, que vos corra tudo bem!

Quanto ao post em si, concordo com o que dizes! É uma decisão que tem que ser tomada a dois, em que se deverão pesar bem os prós e os contras, nunca de ânimo leve e sempre mantendo a harmonia no casal, como tão bem explicas! :)

Beijo grande e felicidades

Sofia disse...

Concordo contigo.
E será que há algo mais nas entrelinhas deste post?
SE decidiram ter, tenho uma certeza...não se vão arrepender:)
Beijos

Olhos Dourados disse...

Isso é bem verdade!

A Loira disse...

De facto, é a decisão mais importante da nossa vida.

Turista disse...

Louise, é uma grande decisão e quando tomada, é para a vida. Eu tomei a minha e não me arrependi. Espero que possas dizer o mesmo.
Beijinhos :)

La Boheme disse...

Eu acho que a maternidade dá um sentido maior e mais importante à nossa vida, mas de facto é um decisão que tem de ser muito ponderada porque é a "responsabilidade" das nossas vidas.
Boa semana

Desejo disse...

Quero tê-los... disso não há dúvidas. A dúvida reside em encontrar o pai ideal.

Desejo disse...

Ideal... que não é ideal, porque nenhum é perfeito. Mas o pai correcto.

Anónimo disse...

E muitas mães deixam de ser mulheres por causa dos filhos, alguns pais também o deixam de ser homens por causa deles, e creio que a verdadeira inteligência é saber continuar a ser tudo o que se era antes, mesmo com os filhos.

A Minha Essência disse...

De facto não se pode ser leviano numa decisão destas! Afinal estamos a falar de um ser que vem ao mundo que irá depender de nós! Que seremos a sua referência! Só isso diz tanto!...

Rafeiro Perfumado disse...

Conordo, claro, mas cuidado com os exageros. É que uma coisa é colocar de lado o egoísmo, outra é anular-se por completo e viver apenas para os filhos. A cair neste cenário, mais tarde virá a factura para a relação.

Beijoca!

Roxanne disse...

Se não passar a fazer sentido é que é estranho e ai sim, as pessoas deviam ponderar bem!

Queen of Hearts disse...

O quão este post bate cá no fundo...

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Agradeço desde já tudo* aquilo que o diabo dentro de ti possa ter para dizer...

*excepto tudo aquilo que o diabo dentro de mim não concordar

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