Recuperar o fôlego

As ausências funcionam como revitalizantes energéticos e, por vezes, é necessário afastarmo-nos um pouco de algo para recuperarmos o fôlego.


E essa ausência, inevitavelmente, acaba por originar uma saudade e antecipação que nem sempre compreendemos muito bem. Damos por nós a ter vontade de voltar a algo do qual, até há bem pouco tempo, queríamos apenas distância.

Somos assim, na verdade, seres invariavelmente insatisfeitos. Queremos aquilo que não temos, ansiamos por aquilo que está fora do nosso alcance.

Mas essa é, também, a beleza da vida.

*Imagem retirada daqui

Estou com saudades...

... disto.

Acho que está na hora de regressar, que me dizem?

A educação não é só para algumas situações...

Por muito que isto possa chocar alguns dos leitores que por aqui passam, eu sou uma aficionada por saltos altos. Bem altos de preferência.
Sou uma mulher bastante feminina e os saltos altos são algo de que, simplesmente não consigo abdicar. O curioso é que já sou alta e penso que, na opinião de algumas pessoas, deveria usar sapatos mais baixos.

E é isto que me leva a escrever, aqui, sobre saltos altos. É que há algo que me irrita solenemente que as pessoas façam: comentar descaradamente os meus sapatos e saltos mesmo à minha frente.
Estou a referir-me a situações como, por exemplo, estar a almoçar e na mesa ao lado 2 senhoras não tirarem os olhos dos meus pés e, ainda que inaudível para mim, claramente estejam a comentar.
Mas será que a educação das pessoas só é válida quando se trata de pessoas obesas ou com deficiências notórias? É que ninguém tem este tipo de comportamento com pessoas nessa condição. Eu pelo menos não tenho. Assim como não tenho este comportamento quando vejo alguém vestido de forma diferente, com um penteado mais estranho ou com uns saltos altíssimos. Até posso olhar discretamente e comentar posteriormente, mas fazer a pessoa sentir-se observada e incomodada não.
E é nestas alturas que o diabo dentro de mim desperta, e a vontade de tirar um dos sapatos e dar com ele na cabeça dessas pessoas mal educadas é mais que muita. Tivesse eu a mesma educação e lata delas…

Coisas que não se devem dizer a uma grávida - Part I

1. “Vais ver, agora é que vais engordar!!!” – isto, a meu ver, é como quem diz “sua vaca esquelética, é bom que fiques uma lontra agora!!”


2. “O meu parto foi horrível, estive 5 dias em trabalho de parto e sem qualquer medicação” – isto é como quem diz, “se eu sofri é bom que todas sofram”

3. Antes de se saber o sexo: “É um(a) menino(a), de certeza absoluta!” – todos somos bruxos não é verdade?!

4. Aos 6 meses de gestação: “Xiiiiiiiiiiiiiii que grande barriga!” – mas está tudo parvo???!?!!? Por muito magra que seja a grávida, estão à espera que o bebé saia num ovo de codorniz, é?!

 
 
*Pic by Deviantart

Se ao menos pudesse...

Ultimamente, talvez devido às hormonas, perco a paciência no trabalho mais vezes do que gostaria.

Acho incompreensível certas atitudes, especialmente aquelas que são puramente destrutivas e críticas. E depois a vontade, claro está, é abanar certas pessoas e dizer-lhes na cara o quão atrasadas mentais são – sim, porque há certas coisas que só o facto de se ter um grave atraso e/ou problema mental pode explicar.

Mas não posso fazer isso, claro está. E isso consome-me… muito…

Onde é que posso ir berrar a plenos pulmões???!?!??!?!

Liderar também é uma arte… e um talento!

Ser líder de alguém é muito mais do que ser chefe. Felizmente, até hoje, não tive muitos chefes mas já tive alguns bons líderes.
E esta é uma daquelas capacidades que, ou se tem ou não se tem. Por muitas formações e workshops que se possam fazer, esta é daquelas competências que só é verdadeiramente boa se fizer parte da própria personalidade.
E o que é que um bom líder pode fazer por nós? Talvez nunca saibamos até ao dia que, efectivamente, tivermos alguém com essa capacidade que nos permita crescer de uma forma que nos surpreenda. E é isso que está a acontecer comigo nesta fase da minha vida profissional.

É completamente surpreendente que alguém consiga ver os meus medos e receios, as minhas zonas de desconforto, e consiga fazer-me ultrapassar isso de uma forma que me parecia quase inatingível. E foi isso que aconteceu neste último ano. E de tal forma surpreendente, que os frutos disso podem ser aqueles que eu já não esperava nesta fase em que me encontro.
E é isso que nos motiva. E é isso que faz de alguém um bom líder.

Happy Valentine's

Este é mais um daqueles dias que as pessoas, na grande generalidade, gostam de criticar. Ora porque é mais um daqueles mecanismos das áreas comerciais para promover o consumismo, ora porque um dia de namorados não faz sentido algum.
Pois eu gosto do dia de São Valentim – acho mesmo na verdade que não há nenhum dia polémico que eu não goste. Gosto das rosas e dos corações e dos peluches e de todas as lamechices possíveis e imaginárias.

Não quer dizer que só sejamos carinhosos nesse dia, não quer dizer que só nos lembremos de fazer umas atenções especiais à nossa cara metade nesse dia. Mas é um dia dedicado ao namoro, à relação de amor entre duas pessoas, é um dia dedicado ao romantismo para quem gosta de ser romântico.

Por isso, um excelente dia de São Valentim para os que o celebram e para os que não o celebram também.

Não deve querer dizer nada de bom...

... o facto de, actualmente, as melhores partes do meu dia serem:
  • O pequeno-almoço
  • O almoço
  • E o jantar...
Pronto, e os lanches a toda e qualquer hora também!

I am so screwed...

To be or not to be??!!

Para o tema de hoje, picuinhas é o que está em causa.

Mais uma vez, tudo o que são exageros ou extremos, na minha opinião, não são nunca uma boa opção. Eu tento ser cautelosa com o meu trabalho, com a minha vida pessoal, com as escolhas que vou fazendo – seja o prato que vou comer, o trabalho que vou entregar ou a mobília que escolho para a casa.
Mas a meu ver há uma enorme diferença entre ser-se cauteloso e ser-se picuinhas.

Nunca nada está bem, nunca nada lhes serve, reclamam vezes infinitas por motivos que muitas vezes nem têm razão de ser, e no final acabam até por aceitar algo num estilo muito “ok, aceito, mas não me serve de todo”.
E o pior de tudo é que, muitas pessoas fazem isto, não porque na realidade achem que há algo de errado, mas porque sentem uma certa necessidade de se evidenciarem. Como quem diz “eu sou uma pessoa muito culta-inteligente-com-gosto-requintado e não me contento com qualquer coisa”.

E depois, na generalidade dos casos, o que alcançam com essa atitude? Muito pouco ou nada. Acabam por ficar servidos, talvez até, com um produto inferior ao original, com mais tempo da sua vida despendido, com mais chatices do que as que necessitaria e talvez mesmo com mais inimigos.

Ser cauteloso e cuidadoso sim, reclamar quando há razões para isso sim. Mas viver em função de uma perfeição irrisória só causa transtorno e faz com que, na verdade, não se aproveite aquilo que se tem.

Hobbies & Pleasures

Um dos meus hobbies e grandes paixões é cozinhar. Para mim funciona quase como uma terapia, como qualquer coisa que façamos e que adoremos.
Obviamente que sou um bom, aliás excelente, garfo. Adoro cozinhar porque na verdade também adoro comer. E para mim nem faz sentido de outra forma.
Mas sou também uma pessoa bastante preocupada com a qualidade da alimentação que se faz em minha casa. Não apenas por uma questão de manter a linha – que obviamente é importante – mas sobretudo porque acredito, literalmente, que somos aquilo que comemos. A nossa saúde e a forma como envelhecemos está, na minha opinião, directamente ligada àquilo que colocamos dentro do nosso corpo.
Pelo que se revela um desafio, ainda que cada vez mais fácil e acessível, dar largas à imaginação e elaborar opções deliciosas mas saudáveis para as várias refeições do dia.

E confesso que aliar os ingredientes e métodos mais saudáveis ao máximo de sabor e prazer possível é algo que se revela, ainda mais prazeroso para mim.
A mais recente experiência, e porque sou uma verdadeira apaixonada (como já devem ter percebido) por estes meninos, foram uns fantásticos Bagels em versão integral.

A receita retirei-a do fantástico blog La Cucinetta, adaptei-a de forma a usar a versão integral, e voilá. O resultado foi óptimo e isso resulta sempre num sentimento de concretização muito peculiar.


E sentir aquele gostinho na boca, faz-me voltar por instantes ao Starbucks de NY…

Era metê-los a todos na panela...

Detesto pessoas complicadas.
E tenho a certeza que todos vocês compreendem perfeitamente aquilo a que me refiro. Certamente já todos se depararam com, pelo menos, um ser desta espécie.
São tipicamente aquelas pessoas que colocam mil e um obstáculos face a qualquer tentativa de resolução de um problema, que não fazem nem deixam fazer e que, muito honestamente, não são mais que empecilhos. E quando, após recusarem toda e qualquer ideia dada por outros, lhes perguntamos o que sugerem então, não sabem (e nem querem) responder. Porquê? Porque, tipicamente, esta espécie também não quer qualquer parte de responsabilidade séria sobre seja o que for.

E, tendo em contacto directo com algumas pessoas assim, muitas vezes me pergunto como raio é que estes seres mantêm um emprego?!
Mas será que os seus directores/chefes não percebem que esta gente só atrapalha, que em nada contribuem para o sucesso de um projecto?!

É que ao menos, e ainda que não façam a ponta de um corno, podiam remeter-se à sua total insignificância e incompetência e deixar os outros trabalhar.

Balanço dos 5

Com 5 meses e meio de gravidez, o balanço que posso fazer até agora é honestamente positivo. Não sou daquelas mulheres que sempre desejaram ser mães e para quem a gravidez era vista como um estado de concretização total. Aliás, lembro-me de que os meus objectivos de vida passavam apenas por uma carreira de sucesso onde marido e filhos não tinham lugar.


As vontades mudam, claro está. As pessoas evoluem, amadurecem e as vontades também. O que parecia uma verdade absoluta em determinada idade passa a não fazer qualquer sentido noutra. Foi isso que me aconteceu e posso dizer que a partir de determinada altura, aliado sem dúvida a factores socioeconómicos, senti como que uma espécie de chamamento, o tique-tac do tão falado relógio biológico.
E sendo eu uma pessoa que se habituou a ver os objectivos cumpridos, a vinda de um filho foi uma coisa por demais desejada. Talvez, por isso também, este balanço tão positivo. Porque na verdade foi algo desejado, querido e sobretudo ansiado.

Mas o que é facto é que eu sou uma pessoa que vive intensamente as pequenas coisas de vida e que as valoriza como se de algo grandioso se tratasse. Sou também uma pessoa extremamente optimista e de bem com a vida. Não faz parte de mim debruçar-me apenas e exclusivamente sobre os aspectos negativos de algo, opto por evidenciar muito mais os positivos.
Claro que tive enjoos e azia, claro que a barriga cresce e se vai tornando desconfortável sobretudo quando as calças deixam de apertar, claro que existe o medo de não voltar a recuperar o corpo e a forma, claro para toda uma série de factores próprios de uma gravidez.

Mas até agora eu opto por não deixar que isso seja mais importante do que o bebé que está dentro de mim. Porque ele sim é importante, porque a gravidez vivida a 2 em primeira instância, e a muitos em segunda, é algo simplesmente fabuloso se for bem aproveitada.
Porque na vida podemos optar entre sermos vitimas ou lutadores.

Mudanças

Talvez devido ao facto de me sentir mais cansada ultimamente, talvez devido à falta de tempo ou talvez devido às próprias hormonas da gravidez, o que é certo é que – como já devem ter reparado – a minha inspiração para escrever tem sido bastante limitada. E a escrita não é algo que se possa forçar: ou há inspiração e em menos de nada fluem quinhentas linhas de palavras e frases fabulosas ou então nada feito, por muito que se force.
E dou por mim num beco muito estreito, sem saber exactamente o que fazer: voltar para trás e abandonar aquele caminho ou seguir em frente, dando passos de lado e usando uma lanterna, esperando encontrar novos caminhos mais agradáveis.

Chego rapidamente, quase que por instinto, à conclusão de que, se na vida alturas há em que devemos saber quando parar, outras, porém, devemos ser persistentes e continuar independentemente do que isso nos possa trazer.

E no caso do blog, tal como em tantas coisas na minha vida, sou de opinião de que, havendo necessidade e/ou oportunidade e/ou motivo, porque não uma mudança?

Isto tudo para vos informar de que, tendo em conta a minha falta de inspiração literária momentânea (espero), concluí que não quero deixar morrer este cantinho e que dessa forma de ora em diante surgirão alguns (não todos obviamente) conteúdos um pouco diferentes do que muitos leitores deste espaço estarão habituados.
Surgirão, por isso, temas mais femininos com a promessa, no entanto, de nunca fugir à essência do Diabo Dentro de Mim.

O comunicado está feito.

Eu tentei, tentei... mas não resisti!

Tentei não falar aqui do quanto me sinto nauseada - e não tem nada a ver com a gravidez – quando tenho de ouvir a porcaria da nova (ou das antigas) música do André Sardet.

Eu sei, eu sei, que gostos não se discutem sobretudo no que toca a música. Mas a sério que não há paciência para o rapaz. É sempre o mesmo melaço, a mesma voz de enjoado… bahhh… irrita-me aquilo. Irrita-me mesmo, mas mesmo!

Sim, e eu mudo logo de estação de rádio… mas cometi o erro gravíssimo de hoje de manhã tentar ouvir aquilo até ao fim. Arruinou-me a disposição, pronto!

Um excelente e saboroso fim-de-semana...

... para todos.

Eu já só consigo pensar nisto...

Nothing for free

Já todos sabemos que existe uma tendência nata para o ser humano ser preguiçoso.

Ainda assim acho que existem limites para o que essa tendência nos permita fazer em sociedade. E a mim irrita-me em particular as pessoas que, para além de serem preguiçosas, ainda quererem que outro alguém faça o que a elas não lhes apetece.

E no emprego isto é recorrente. Ao mínimo senão – entenda-se situação fora do que é rotineiro – lá vão elas pedir ajuda a alguém – entenda-se ao totó que ajuda sempre. Não há sequer um esforço para perceber qual a causa a situação ser diferente: é suposto ser mesmo assim de ora em diante, afinal enganei-me e não era mesmo isto que queria fazer ou até não funciona porque o cabo está desligado. E apesar de esta última parecer extrema, é das mais típicas.

Recentemente adoptei uma técnica que, até à data, está a funcionar maravilhosamente. A técnica consiste em, nada mais do que, sempre que alguém me pede ajuda eu pedir algo em troca. Como assim? Perguntam vocês. Nada mais do que dar algum trabalho à pessoa consoante o motivo do pedido de ajuda. Fazê-la trabalhar um pouco para que a ajuda não seja dada de graça. Porque quando o é, tipicamente essa pessoa habitua-se a isso.

E, milagrosamente, desde que faço isto mais de 90% dos casos são resolvidos por si só sem eu ter sequer de me levantar da cadeira. Para não dizer que o nº de pedidos baixou drasticamente.

Hard Work

 Quem de nós nunca pensou no quão bom seria ter uma qualquer outra profissão?

Ou porque a que temos não nos dá rendimentos como gostaríamos, ou porque gostávamos de ter uma profissão bem menos monótona… ou até mais monótona, ou porque o nosso chefe é uma valente besta e os nossos colegas uns grandessíssimos lambe-botas ou mesmo porque sim e ponto final.

Mas o facto é que, regra geral, nós é que somos uns constantes insatisfeitos. Queremos sempre outra coisa, queremos mudar porque achamos que estaríamos muito melhor de outra forma que não aquela em que nos encontramos. Queremos no fundo experienciar e viver outras vidas.

No final talvez, e como em quase tudo na vida, o segredo passe por valorizarmos mais o que temos e sabermos apreciar todos os aspectos positivos da nossa profissão.
Afinal o rendimento até não é assim tão mau, o chefe até nos vai dando prémio apesar daquelas variações de humor e os colegas até nos trazem bolinhos de vez em quando.

E se soubermos fazer isto, garantidamente a vida parecer-nos-á muito melhor.

(excepto nos dias em que temos de tirar o rabo da cama quentinha quando lá fora está um frio de rachar)

Sensualidade na gravidez

A propósito de um comentário e consequente leitura de um post do Martini Bianco, comecei a pensar um pouco no como me sinto desde que estou nesta condição de ‘mom-to-be’

Poderia dizer que me sinto ultra sexy, mais bonita do que nunca, completamente arrasadora – como já ouvi tantas mulheres mencionarem. Mas a verdade é que, e à semelhança do que acontecia antes de estrar grávida, tem dias.
Na maioria dos dias vejo uma barriga a crescer e as calças a terem de ser apertadas com alfinetes e sinto-me, inevitavelmente, desconfortável com as mudanças do corpo. Noutros dias, coloco um vestido que evidencie a bolinha redonda e exibo com orgulho uma figura que demonstra que há vida a ser gerada – e aí sim, sinto-me sensual e bonita.

Mas também sou da opinião de que, hoje em dia, uma mulher grávida pode e deve cuidar-se. Usar roupas tipo saco de batatas? Usar jardineira gigantes ou camisolões até aos joelhos? Para quê???!!!
De modo algum. Uma mulher deve ser sempre uma mulher, gorda ou magra, alta ou baixa, desde que haja interesse e cuidado e, acima de tudo, um sorriso aberto e sincero, é impossível não ser sensual.

E nada de novo.

Ultimamente tenho andado mais do que desligada dos assuntos de política. Sei o essencial que se resume a muito pouco e nada de novo: estamos mal, o país está cada vez pior, rumamos em direcção a um desconhecido bastante sombrio e não parece haver nenhuma luz ao fundo do túnel.
As noticias é mais do mesmo e nada de novo, os políticos falam o que sempre falaram e nada de novo, o povo reclama e não age e nada de novo.

E portanto restam-me, a mim, 2 alternativas: ou entro em depressão total e vivo em constante temor com as temáticas do desemprego e endividamento do país e FMIs e outros que tais, ou remeto-me a viver a minha vida um pouco à margem do que se vai passando.
Escolho a segunda pois claro. E venha o primeiro criticar-me!

Sou incapaz, por muito que tente, de viver com o pessimismo. Nem tão pouco quero. Prefiro ignorar – ou tentar – o que de mal se passa à minha volta e para o qual não posso ter nenhuma participação positiva. É que cheguei à conclusão que de nada me vale, a mim ou ao país, viver em tormento e aflição. Por isso vou colocando à margem todos esses problemas sociais e económicos e lá vou fazendo de conta que não é assim tão grave como parece. Que não é nada comigo, vá.

O problema mesmo é estarem aí à porta as eleições e eu não fazer ideia em quem é que irei votar.

Claro que não seria a mesma coisa...

A gravidez é, sem dúvida alguma, um momento especial na vida de uma mulher.
Como todos os seus senãos – mais relevantes para certas mulheres do que para outras – próprios de quem está a gerar vida dentro de si, mas ainda assim uma fase extremamente especial.

E, dependendo talvez do quanto se desejou por este momento, quando descobrimos que estamos grávidas a felicidade que sentimos é qualquer coisa inexplicável. E claro, como em tudo, cada mulher terá a sua própria experiência, mas no meu caso associado à felicidade extrema veio também uma sensação de tranquilidade e harmonia como poucas vezes senti ao longo da minha vida. E isso sim, é algo digno de guardar nas minhas recordações.

E, ultrapassada a fase inicial dos enjoos e azias e afins, surge a etapa de saborear verdadeiramente a geração que está a ocorrer dentro de nós. Uma barriga que, de extremamente lisa, passa a uma bolinha redonda maior cada dia que passa, os movimentos do bebé que, após serem sentidos uma primeira vez, se vão tornando cada vez mais distintos e frequentes até obtermos interacção com o nosso pedacinho de gente e claro, todas as benesses e tratamentos especiais que recebemos maioritariamente devido à nossa condição actual.

E eu podia não partilhar este meu segredo aqui. Mas não seria a mesma coisa.

Coisas irritantes

É navegarmos num qualquer blog - já nem me refiro a páginas ou sites de outra natureza - e termos de levar com a porcaria dos pop-ups da La Redoute.
A sério, já não há pachorra!
E sempre gostava de saber quantas vendas efectivas é que eles conseguem despoletadas a partir daquelas pop-ups super, ultra irritantes.

E mais! Pagarão assim tão bem pela publicidade que valha a pena meter aquilo no nosso blog??? (se valer contactem-me por favor... )

Sweet Dreams

Os sonhos são uma coisa simplesmente fabulosa. Especialmente os meus.

Desde realidades completamente atípicas a acções rocambolescas, não falta nada. E se no inicio tentava descortinar o significado de cada um deles, tentando compreender o porquê de sonhar com esta ou aquela pessoa, desta ou daquela forma, hoje em dia desisti de tentar analisar algo que simplesmente não pode ser analisado – ou pelo menos por mim.

Por vezes são sonhos engraçados que são capazes de me deixar feliz e contente o dia inteiro, outras vezes são verdadeiros filmes de terror. Mas já aprendi a viver com eles e, sobretudo, a não os levar demasiado a sério.

São sonhos e apenas sonhos.

Circunstâncias embaraçosas da vida

Esquecermo-nos de pagar uma factura – da água, luz....


Não porque a factura não chegou a tempo e horas devido a um qualquer problema dos CTT, não por um qualquer erro informático da entidade prestadora do serviço, mas simplesmente porque nos esquecemos – ou isso, ou o facto de pagar ser sempre mais doloroso do que receber e acabamos por colocar as facturas num canto recôndito da nossa mente e da nossa mesa do escritório.

E, por muito que nos custe, ficamos com aquele selo de caloteiros. E é assim que nos sentimos – ou pelo menos nós o que temos uma pequena coisa chamada consciência -, o sentimento de culpa é grande e acabamos por querer que a situação seja o mais rapidamente resolvida e pagamos o que tiver de ser sem reclamarmos muito porque na verdade nós é que estamos em falta.

Mesmo que isso signifique que nos estão a ir ao bolso de forma descarada e descabida. Mesmo assim.

Resoluções

Tenho pensado… pensado… pensado… e simplesmente ainda não consegui decidir qual a minha resolução para o Novo Ano.
E julgo que é a primeira vez que isto me acontece. Sempre fui rápida a encontrar resoluções – até resoluções de inicio de estação ou de inicio de mês. Sim! Resoluções é comigo.

Mas este ano simplesmente não consigo. Talvez porque se me avizinha uma nova etapa da vida para a qual eu não faço, sequer, ideia de como se desenrolará, como me revelarei, o que farei.
Pelo que este ano decido então que, para determinadas coisas na vida, não vale a pena fazer planos. Não vale a pena ansiar ou desesperar. Apenas esperar pacientemente e tentar fluir de acordo com o percurso para onde essas mesmas coisas nos levem.

E este é um sentimento completamente novo para mim, o de não planear. E não é que me deixa num estado de tranquilidade plena que estou simplesmente a adorar?

*Pic by Deviantart

Nostalgia...

Para mim a altura que se segue ao fim de ano é sempre uma fase nostálgica.

Talvez porque as festas tenham terminado ou talvez porque, a essas, se seguem os meses frios e gelados. E os dias que me separam da Primavera e do Verão parecem-me demasiado extensos e intermináveis.
Agora já não há ocasiões festivas, as luzes de Natal apagam-se, os pinheiros voltam às caixas de cartão e as músicas voltam a ser as que passam na rádio todos os dias, a toda a hora.
E no meu intimo, sinto-me como a criança desiludida porque já não haverão mais presentes para abrir nem mais doces para provar. Sinto-me quase triste…

Definitivamente não gosto dos primeiros três meses do ano. Sinto-me nostálgica.
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