Para o tema de hoje,
picuinhas é o que está em causa.
Mais uma vez, tudo o que são exageros ou extremos, na minha opinião, não são nunca uma boa opção. Eu tento ser cautelosa com o meu trabalho, com a minha vida pessoal, com as escolhas que vou fazendo – seja o prato que vou comer, o trabalho que vou entregar ou a mobília que escolho para a casa.
Mas a meu ver há uma enorme diferença entre ser-se cauteloso e ser-se picuinhas.
Nunca nada está bem, nunca nada lhes serve, reclamam vezes infinitas por motivos que muitas vezes nem têm razão de ser, e no final acabam até por aceitar algo num estilo muito “ok, aceito, mas não me serve de todo”.
E o pior de tudo é que, muitas pessoas fazem isto, não porque na realidade achem que há algo de errado, mas porque sentem uma certa necessidade de se evidenciarem. Como quem diz “eu sou uma pessoa muito culta-inteligente-com-gosto-requintado e não me contento com qualquer coisa”.
E depois, na generalidade dos casos, o que alcançam com essa atitude? Muito pouco ou nada. Acabam por ficar servidos, talvez até, com um produto inferior ao original, com mais tempo da sua vida despendido, com mais chatices do que as que necessitaria e talvez mesmo com mais inimigos.
Ser cauteloso e cuidadoso sim, reclamar quando há razões para isso sim. Mas viver em função de uma perfeição irrisória só causa transtorno e faz com que, na verdade, não se aproveite aquilo que se tem.